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TJ considera liderança e mantém prisão de membro de organização que movimentou milhões com venda de motos roubadas

Da Redação - Pedro Coutinho

Tribunal de Justiça negou habeas corpus ajuizado em favor de Adalberto Jose Macedo Júnior e o manteve preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele foi detido em 2023, no âmbito da Operação Avalanche, deflagrada contra grupo que movimentou R$ 12 milhões provenientes de furtos e receptações de motocicletas, em Cuiabá, destinadas ao desmanche e comércio no mercado clandestino. 

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Decisão colegiada, proferida à unanimidade pelos magistrados da Segunda Câmara Criminal, acompanhou o voto do desembargador relator, Marcos Regenold Fernandes, em sessão ocorrida nesta quarta-feira (20).

Vulgo “Betinho”, Adalberto é apontado pelas investigações como possível líder do grupo, carimbando sua participação no esquema. Ele é acusado do crime de organização criminosa.

A operação foi deflagrada em abril do ano passado mirando a organização, identificada em mais de 60 procedimentos na Delegacia de Veículos, que teria promovido a subtração de aproximadamente 1.200 motocicletas furtadas e roubadas nos últimos três anos na região metropolitana da capital.

Inconformado com a decisão da 7ª Vara Criminal, que o manteve preso, Adalberto ajuizou habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJMT), sustentando que o juiz decretou sua segregação sem fundamentação e sem contemporaneidade com os fatos em apuração.

Acrescentou que, à época da decretação da prisão, a denúncia imputou aos integrantes do esquema diversos crimes, ao passo que à Adalberto fora atribuído “apenas” o delito de organização criminosa.

Argumentou ainda que estaria submetido a constrangimento ilegal oriundo do excesso de prazo do encarceramento provisório. Com base nisso pediu, liminarmente, o relaxamento da prisão preventiva.

Há dois meses atrás, no dia 20 de janeiro, em decisão monocrática, o desembargador Pedro Sakamoto já havia negado a ordem em favor de Adalberto, mantendo-o detido.

Nesta quarta, então, Regenold votou no sentido de mantê-lo preso considerando que ele exerce papel de liderança na organização, tal qual Sakamoto já havia apontado. Além disso, lembrou que ele responde outras diversas ações penais.
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