Ganhou força o nome do subprocurador Paulo Gonet para substituir Augusto Aras no comando da Procuradoria-Geral da República. Pesa a seu favor, principalmente, sua relação próxima com o ministro Gilmar Mendes, que recentemente se reaproximou do presidente Lula (PT) e de integrantes do Governo. A troca só deverá ocorrer daqui a seis meses, mas já movimenta os bastidores de Brasília.
Leia mais:
Maria Aparecida e Serly Marcondes são escolhidas para comandar Tribunal Regional Eleitoral
Conforme a jornalista Bela Megale, em sua coluna no
O Globo, além de ter seu nome defendido por Gilmar Mendes, Gonet se encaixaria no perfil que Lula tem buscado no novo PGR: “não fazer espetacularização dos processos e nem de seu papel no comando do órgão”.
Gonet foi sócio de Gilmar Mendes no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e, com ele, também escreveu o livro Curso de Direito Constitucional, que conquistou o Prêmio Jabuti em 2008 e se consolidou como uma referência na área do direito constitucional.
O subprocurador passou a ser visto como opção para o comando da PGR por seu trabalho junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja atuação como vice-procurador-geral eleitoral foi considerada “cooperativa” por ministros da Corte e “equilibrada”, na visão de integrantes da equipe jurídica petista.
O subprocurador, no entanto, deverá se desvencilhar da pecha “conservadora” que carrega. Isto porque ele chegou a participar de reuniões com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por intermédio da deputada federal Bia Kicis (PL-DF), na ocasião em que Bolsonaro definiu Aras na PGR.
Outro nome também desponta entre os prediletos, do subprocurador Antônio Carlos Bigonha. Ele é apoiado por advogados com bom trânsito junto a Lula e tem se posicionado de maneira crítica à Lava-Jato nos últimos anos.