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Defesa pede revogação de prisão de 'xerife' de José Riva; MPE irá emitir parecer

Da Redação - Patrícia Neves / Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A defesa de Maria Helena Ayres Caramello, requereu a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, a revogação de sua prisão preventiva, que já completa 130 dias. Maria Helena atuava como chefe de gabinete do ex-deputado José Geraldo Riva, apontado como principal articulador de um esquema de emissão de notas frias para desvios de verbas de suprimento avaliados em R$ 2,6 milhões. O Ministério Público Estadual (MPE) pediu vistas para, posteriomente, emitir parecer quanto ao pedido.

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Encarcerada desde outubro de 2015, Maria Helena é descrita na denúncia do Ministério Público Estadual, como sendo a responsável por controlar os ‘servidores’ envolvidos no esquema de desvio dos valores destinados a verbas de suprimento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Em oitiva na tarde desta quarta-feira, 24, a defesa apontou que não há necessidade de manutenção da segregação. “Esgotou-se qualquer necessidade de custódia para o andamento do rito processual nessa fase de oitivas de defesa”, explica Luiz Alberto Derze Villalba Carneiro.

Selma Arruda reconheceu que não havia se atentado para o detalhe e determinou que fosse adiantada audiência de oitiva da colaboradora Marisol Castro Sodré, para a próxima sexta-feira, 26 de fevereiro.

Ela chegou a ser presa no ano passado, mas firmou um termo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) comprometendo-se a colaborar com a Justiça em troca de redução ou até mesmo extinção da pena.

Denúncia – De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema era gerenciado por estes dois servidores, que determinavam que os assessores sacassem os valores mensais e lhes entregassem em dinheiro. Segundo depoimentos, Maria Helena é apontada como “xerife” do esquema, chegando a fazer ameaças para que todos cumprissem seus papéis.

Ainda segundo a acusação formal, Riva seria o principal articulador do 'conchavo' que teria lesado os cofres públicos em cerca de R$2,6 milhões, entre 2010 e 2014, desviando as extintas “verbas de suprimento de fundos”, destinadas, na época, para pequenos gastos mensais de cada gabinete, com valores entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.
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