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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​MEIO CRUEL

Promotor pede que Ledur seja condenada por tortura e excluída do Corpo de Bombeiros

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Promotor pede que Ledur seja condenada por tortura e excluída do Corpo de Bombeiros
O promotor Paulo Henrique Amaral Motta, da 13ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital de Crimes Militares, pediu a condenação da tenente Izadora Ledur Dechamps pelo crime de tortura, que resultou na morte do aluno soldado Rodrigo Claro em novembro de 2016. Ele ainda pediu que Ledur seja excluída das fileiras do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso.
 
Leia mais:
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A sessão de julgamento da tenente Izadora Ledur foi designada para o dia 27 de janeiro de 2021, às 13h. No último dia 23 de outubro o promotor Paulo Henrique Amaral Motta apresentou os memoriais em face da militar.
 
O representante do Ministério Público pediu a condenação da tenente pelo crime de tortura, com as agravantes previstas no Código Penal Militar de: meio dissimulado ou cruel; com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo; quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; e estando de serviço.
 
A pena, para o caso de Ledur, quando se resulta em morte, é de reclusão de oito a 16 anos. Além disso, a pena pode aumentar de um sexto até um terço quando o crime for cometido por agente público.
 
O promotor ainda pediu que, após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, sejam enviadas cópias integrais da ação penal ao Procurador-Geral de Justiça, visando eventual oferecimento de representação pela “perda do posto e da patente de oficial, com a consequente exclusão da militar 1ª Tem BM Izadora Ledur de Souza Dechamps das fileiras do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso”.
 
O caso
 
Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O jovem teria passado por sessões de afogamento e agressões por parte da tenente Izadora Ledur.
 
O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição. Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo.
 
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