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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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​MEIO CRUEL

Juiz intima bisavó de bebê indígena enterrada viva sobre julgamento no Tribunal do Júri

Foto: Reprodução

Juiz intima bisavó de bebê indígena enterrada viva sobre julgamento no Tribunal do Júri
O juiz Conrado Machado Simão, da 1ª Vara Criminal e Cível de Canarana (a 604 km de Cuiabá), intimou o Ministério Público e Kutsamin Kamayura sobre a sentença que pronunciou Kutsamin para que seja julgada no Tribunal do Júri pela tentativa de homicídio contra a pequena Analu Paluni, sua própria bisneta, em junho de 2018. A criança, à época recém-nascida, foi enterrada viva.

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O magistrado citou que Kutsamin Kamayura auxiliou no parto de sua neta de 15 anos de idade e. na oportunidade, ela cortou o cordão umbilical que ligava a bebê à sua mãe, enrolou a vítima em um pano, enterrando-a nos fundos do quintal da residência, em uma cova de aproximadamente 50 cm. 

"Após uma denúncia anônima indicando que a família havia enterrado um recém-nascido no quintal da residência, a vítima foi resgatada por Policiais Militares, com o apoio da Polícia Civil. Todo o resgate foi gravado em imagens de vídeo (juntado aos autos), momento em que se constatou que a vítima, apesar de enterrada à aproximadamente 06 (seis) horas, estava viva (...)", citou o magistrado.

A denúncia foi recebida em 12 de junho de 2018. Ao pronunciar a bisavó da vítima o juiz considerou que as qualificadora merecem ser submetidas à apreciação do Tribunal do Júri. Ele manteve a qualificadora de "meio cruel", tendo em vista que a vítima foi enterrada viva, e também a de "recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima", já que a criança era recém-nascida e não possuía meio para se defender.
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