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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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pirotecnia do MP

Veja vídeo em que cabo revela vazamentos seletivos e grampos no Gaeco

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

 Veja vídeo   em que cabo revela vazamentos seletivos e grampos no Gaeco
O cabo Gerson Correa Junior revelou em audiência na Sétima Vara Criminal de Cuiabá que membros do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) cooptaram a imprensa em diversas operações.  O objetivo seria vazar trechos de investigações e provocar o que chamou de “pirotecnia”.

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As informações de Gerson foram expostas em audiência do processo nascido das Operações Arqueiro e Ouro de Tolo, que investigaram a ex-primeira dama de Mato Grosso, Roseli Barbosa, por desvios de aproximadamente R$ 8 milhões na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social de Mato Grosso (Setas), até o ano de 2014.
 
“Quando eu cito essa manipulação seletiva, eu citei em um outro processo na Justiça Militar cujo a ação penal já foi encerrada com a sentença. Eu citei como exemplo de manipulação um fato que ocorreu na operação Ouro de Tolo. Quando eu falo manipulação seletiva de áudios na verdade é fazer o estardalhaço que o Gaeco em algumas situações, não posso negar, fez. Como ocorreu com o vazamento de conversas, oriundas da investigação, com o senhor desembargador Marcos Machado”.
 
Na ocasião da Ouro de Tolo, Machado teve conduta questionada após divulgação de uma escuta telefônica com Silval Barbosa, a respeito da soltura da ex-primeira-dama Roseli Barbosa. Os áudios obtidos junto ao Ministério Público foram expostos pela TV Centro América. A reportagem veiculou um diálogo suspeito entre as partes, gerando especulações sobre possível favorecimento. 
 
“Quando eu falo manipulação seletiva na verdade é para poder pegar um fato de uma investigação e jogar a imprensa para trazer o viés pirotécnico. Aconteceu sim na operação”, afirmou Gerson. “O objetivo na verdade era outro, de interesse pessoal de alguns membros do Ministério Público”, complementou.
 
Além da “pirotecnia”, o cabo Gerson citou interceptações na modalidade barriga de aluguel, quando uma pessoa não investigada é introduzida irregularmente em um pedido de grampo. “Quando ela [Roseli] foi alvo de investigação, tem toda uma história por trás que remete, sem nenhuma dúvida, à inserção na modalidade ilícita de barriga de aluguel. O senhor Silval e os filhos não eram alvos da operação e acabaram sendo, com anuência dos promotores do Gaeco”, finalizou.
 
Grampolândia
 
A ação penal na Justiça Militar proveniente da Grampolândia pantaneira que julgava o cabo Gerson já foi sentenciada. Apenas um dos cinco militares acusados de operacionalização de um esquema de grampos clandestinos em Mato Grosso foi condenado. O coronel Zaqueu Barbosa cumprirá pena de 8 anos.
 
Gerson Correia recebeu perdão judicial pela colaboração unilateral durante o processo.

 
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