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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​OPERAÇÃO LUXUS

Juíza nega retirada de tornozeleira de membro de quadrilha que ostentava dinheiro roubado de bancos

Foto: Reprodução

Juíza nega retirada de tornozeleira de membro de quadrilha que ostentava dinheiro roubado de bancos
A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, indeferiu pedido feito pela defesa de Hian Vitor Oliveira Calvacanti, para que fosse revogada medida cautelar de uso de tornozeleira eletrônica. Hian é acusado de participar da organização criminosa que praticava roubos a bancos em Mato Grosso, e seus integrantes ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais, com o dinheiro roubado. A magistrada também citou que outros acusados de integrarem a quadrilha, como Lubia Camilla Pinheiro Gorgete, devem recorrer nas instâncias superiores da Justiça.
 
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A quadrilha foi desmantelada na ‘Operação Luxus’, deflagrada em maio de 2017 pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Em junho do mesmo ano o juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá recebeu a denúncia do Ministério Público contra o grupo de 15 pessoas acusadas de integrarem a quadrilha de roubo a bancos em Mato Grosso.
 
Na denúncia, foram acusados os suspeitos Marcus Vinicius Fraga Soares, Gilberto Silva Brasil, Junior Alves Vieira, Cleyton Cesar Ferreira De Arruda, Thassiana Cristina De Oliveira, Augusto César Ribeiro Macaúbas, Jurandir Benedito Da Silva, Elvis Elismar De Arruda Figueiredo, Diego Silva Dos Santos, Hian Vitor Oliveira Cavalcanti, Kaio Da Silva Nunes Teixeira, Robson Antônio Da Silva Passos, Julyender Batista Borges, Dainey Aparecido Da Costa e Lubia Camilla Pinheiro Gorgete, que ganhou notoriedade por ostentar uma vida de luxo nas redes sociais.
 
Em março do ano passado a Justiça revogou a prisão de seis envolvidos no caso. “Com relação aos acusados Thassiana Cristina de Oliveira, Diego dos Santos, Kaio da Silva Nunes Teixeira, Hian Vitor Oliveira Cavalcanti e Lubia Camila Pinheiro Gorgete, embora existam fortes indícios da participação na organização criminosa, revendo decisão anterior, entendo que suas prisões devem ser revogadas, pois ficou demonstrado que os acusados são primários, possuem residência fixa no distrito da culpa e há possibilidade de constituir emprego lícito”. Jurandir Benedito da Silva também recebeu o benefício, mas não foi posto em liberdade por conta de uma pendência processual na Comarca de Poconé.
 
No último dia 11 de setembro a juíza Ana Cristina Mendes analisou o pedido de revogação de medida cautelar de Hian e o indeferiu. Ela também citou que os acusados Lubia Camilla Pinheiro Gorgete, Marcus Vinicius Fraga Soares, Cleyton Cesar Ferreira de Arruda e Gilberto Silva Brasil manifestaram desejo de apresentar recursos na instância superior.
 
A magistrada ainda relatou que as defesas dos acusados Augusto César Ribeiro Macaúbas, Robson Antônio da Silva Passos, Jurandir Benedityo da Silva, Junior Alves Vieira, Julyender Batista Borges e Kaio da Silva dos Santos apresentaram recursos de apelação, e que o Ministério Público já apresentou as contrarrazões, estando pendente apenas a contrarrazão do recurso de Augusto César.
 
Ostentação
 
Lubia Camilla Pinheiro Gorgete, um dos alvos da ‘Operação Luxus’, ficou conhecida por conta da ostentação que faria com o dinheiro roubado dos bancos. Segundo a GCCO, ela deu abrigo para dois criminosos de Santa Catarina, que vieram para Mato Grosso cometer crimes e auxiliava nos trabalhos da quadrilha.
 
Conforme as informações do Portal da Transparência, Lubia chegou a receber R$ 588,00 do programa Bolsa Família na cidade de Cuiabá. O benefício foi pago durante quatro meses para a mulher, que recebeu o dinheiro nos últimos quatro meses de 2015, sendo R$ 147 em cada um dos meses.
 
Os bandidos promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme de  bancos da capital e do interior. Uma vez dentro subtraiam valores dos cofres. As ações foram praticadas, geralmente, aos finais de semana, deixando um rastro de destruição nas instalações físicas das agências e a população sem os serviços bancários.
 
Os integrantes da quadrilha utilizaram os cerca de R$ 5 milhões roubados de agências bancárias para bancar passeios de helicóptero e viagens para praias do Nordeste e Sudeste. Além disto, também participaram pelo menos duas vezes do carnaval carioca, utilizando o montante levado dos bancos.
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