A juíza Ana Cristina Mendes manteve em audiência de custódia as prisões preventivas decretadas contra o diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, o sub-diretor Reginaldo Alves dos Santos e dos policiais militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.
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Revétrio Costa e Reginaldo Santos serão encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), Cleber Ferreira para o Terceiro Batalhão de Polícia Militar, e Ricardo Oliveira e Denizel Moreira para o Batalhão de Operações Especiais (Bope).
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu sete mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão na Operação Assepsia, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.
As 15 ordens judiciais são da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido. Todo o material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos.
Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia registro de entrada. Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar que três policiais militares foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.
Segundo a Polícia Civil, com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho.