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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Homem vai a júri 2 anos após matar a ex; “nosso medo é que ele consiga sair”, diz irmão de vítima

Foto: Rogério Florentino / OD / Reprodução

Homem vai a júri 2 anos após matar a ex; “nosso medo é que ele consiga sair”, diz irmão de vítima
Welington Fabrício de Amorim Couto vai a júri popular na próxima quinta-feira (23) pelo assassinato de sua ex, a universitária Dineia Batista Rosa. A estudante de Direito foi encontrada morta no dia 20 de maio de 2017, no bairro Serra Dourada, em Cuiabá. Há dois anos a família aguarda que a Justiça seja feita. Eles temem que Wellington consiga ser solto e o caso de Dineia seja esquecido.
 
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O julgamento estava agendado para o dia 20 de março, mas teve que ser adiado em decorrência da troca de advogado. De acordo com o irmão de Dineia, Ednei Rosa, já há dois anos a família da estudante vive a angústia de ver o acusado seguir impune e teme que ele acabe sendo solto.
 
“A gente está buscando é Justiça, não podemos esperar mais, porque daqui um tempo ele consegue sair sem ser condenado, esse é o nosso maior medo, meu e da minha família. A gente fica nessa angústia, de que ele pode sair, pode arrumar um jeito e entrar com um pedido pra sair. Mas estamos esperando a Justiça, que ele possa ser condenado, pagar pelo que fez”.
 
Wellington deve ser julgado na sessão do Tribunal do Júri do próximo dia 23, às 9h, no Fórum de Cuiabá. O caso ganhou repercussão em decorrência da crueldade de Wellington ao matar Dineia. A estudante de direito foi estrangulada com um fio elétrico e golpeada na cabeça por um tijolo.
 
A vítima já havia denunciado o agressor mais de dois meses antes, no dia 23 de março de 2017. O mandado foi expedido no dia 31 do mesmo mês. Desta data em diante, uma sequência de falhas fez com que nenhuma autoridade soubesse ao certo o que ocorreu com a ordem de prisão, que acabou não sendo cumprida.
 
O fato é que no dia 25 de abril de 2017, mesmo com mandado em seu nome, Wellington foi ao Fórum da Capital para cumprir as medidas cautelares de sua prisão em semiaberto, por outro crime, que ocorreu em 2008, quando estuprou e matou uma jovem que era sua namorada. Mesmo com o mandado, Wellington saiu do Fórum livre. Isso porque recebeu o direito de progressão natural da pena, outorgado pelo juiz Jerverson Quintero, que não sabia do pedido de prisão concedido. Isto porque o documento não constava do Banco de Mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à época.
 
Justamente por já ter sido condenado pelo assassinato de outra mulher e ter conseguido liberdade é que a família de Dineia teme que ele seja solto.
 
“A gente fica preocupado, por que a Justiça é lenta. O nosso medo é isso, que ele consiga alguma brecha na lei e consiga sair, porque já tem dois anos que está preso. Mas estamos esperando Justiça, para que esse caso não seja esquecido”.
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