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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​ACUSADA DE TORTURA

Ledur pede adiamento de audiências sobre morte de aluno soldado em treinamento, mas juiz nega

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Ledur pede adiamento de audiências sobre morte de aluno soldado em treinamento, mas juiz nega
O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, negou um pedido da defesa da tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur de Souza Dechamps, para que fossem adiadas as sessões dos próximos dias 15 e 16, sobre o caso da morte de Rodrigo Claro em novembro de 2016, em que Ledur é acusada de torturar e causar a morte do jovem.
 
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Em uma decisão do último dia 2 de abril o magistrado manteve as sessões de instrução já designadas. A defesa de Ledur havia pedido “suspensão da instrução agendada para os dias 15 e 16 de abril de 2019, bem como a designação de Sessão Pública de Julgamento para análise da Questão de Ordem”.

A questão de ordem trata sobre o pedido de Ledur para que a investigação feita pela Polícia Civil fosse anulada, já que como a tenente é militar, isso seria de competência de autoridades militares. 

O magistrado argumentou que a deliberação da questão de ordem é de competência do Conselho Especial de Justiça. Faleiros então determinou que a questão de ordem seja analisada antes do início da sessão da semana que vem e, caso o Conselho Especial a acolha, a sessão será automaticamente cancelada.
 
Ledur deve ser ouvida no próximo dia 16 de abril, às 13h30 no Fórum de Cuiabá. No dia anterior, 15 de abril, devem ser interrogadas as testemunhas arroladas pela defesa.
 
O caso
 
Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O jovem teria passado por sessões de afogamento e agressões por parte da tenente Izadora ledur.
 
O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição. Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo.
 
O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares foram realizados, de acordo com a perícia criminal.
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