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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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DESACORDO COMERCIAL

Produtor rural denunciado por morte de engenheiro agrônomo consegue cela especial

Foto: Reprodução

Detalhe: Vítima, Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos.

Detalhe: Vítima, Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos.

O juiz da Comarca de Porto dos Gaúchos acatou o pedido da defesa e manteve o produtor rural, Paulo Faruk De Morais, preso em cela especial na unidade prisional do município. Ele é denunciado por matar o engenheiro agrônomo, Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, no distrito de Novo Paraná, no último dia 18 de fevereiro.

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Inicialmente, a defesa havia pedido a reclusão do produtor rural no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), local com capacidade para 50 presos, com ensino médio completo. A justificativa seria de que o mesmo estaria recolhido no Batalhão da Polícia Militar de Juara, diante da inexistência de cela especial na Cadeia Pública do município.
 
A Comarca de Nova Mutum atestou que o acusado tem direito a ser recolhido em quartéis ou a prisão especial, pois já exerceu a função de jurado durante os anos 2006 a 2009. Por sua vez, o MPE acatou o pedido e determinou que o produtor fosse mantido em cela especial, separado dos presos comuns, na unidade prisional de Porto dos Gaúchos.
 
“Assim, não há motivo que justifique o recolhimento de preso comum a quartel das Forças Armadas. Então, considerando que a medida de prisão especial está regularmente executada nos termos da legislação vigente, sendo inaplicável em Organizações Militares, conforme exposto acima, o indeferimento dos pedidos defensivos é medida em questão”, diz trecho da decisão da última segunda-feira (11).  
 
"Em respeito ao decidido em audiência de custódia mantenho o deferimento de prisão especial ao representado Paulo Faruk de Morais, a ser executada, nos termos e fundamentos desta decisão, em cela separada da unidade prisional desta comarca de Porto dos Gaúchos", decidiu.

À Polícia Civil, o produtor confessou que estava se sentindo incomodado com a presença da vítima na fazenda dele em decorrência de uma cobrança, mas que não desejava matá-lo. Ele contou que  tinha financiado o custeio da lavoura e agora, época de colheita, o financiador foi até a propriedade cobrar a parte dele, para que a soja não fosse vendida O engenheiro era o representante da empresa financiadora e estava fiscalizando a colheita. 
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O homicídio

Segundo uma testemunha que ajudou a socorrer Silas, era aproximadamente 13h00 quando ambos (vítima e testemunha) estavam sentados em uma mesa, na lanchonete Fogão a Lenha da Rodoviária do povoado Novo Paraná, município de Porto dos Gaúchos, quando sem notar a aproximação, se assustou com uma pessoa que chegou por trás, sacou uma pistola e efetuou dois ou mais disparos direto na cabeça da vítima, que caiu no chão já sem reação.

Em seguida o autor do crime saiu andando em direção ao seu veículo, olhando para trás para se certificar que havia matado à vítima. Imediatamente foi realizado socorro médico no Posto de Saúde daquele povoado, sendo depois a vítima encaminhada para Hospital de Porto dos Gaúchos. Para o transporte de Silas foi utilizada a caminhonete que ele próprio conduzia.


Atualizada às 12h06.
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