Olhar Jurídico

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Criminal

Operação Rêmora

​Juiz cita complexidade de processo sobre esquema na Seduc e adia audiência

Foto: Reprodução

​Juiz cita complexidade de processo sobre esquema na Seduc e adia audiência
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal, citou a complexidade do feito e adiou a audiência da operação Rêmora, que apurou um suposto esquema na Seduc, que beneficiava empresas em obras em escolas públicas estaduais mediante cobrança de propina.
 
O magistrado ficou encarregado do processo após a juíza Ana Cristina Mendes se julgar suspeita, já que sua filha trabalha no escritório que faz a defesa de Alan Malouf, um dos acusados. Os réus já foram intimados a comparecer a uma audiência para interrogatório no próximo dia 15 de março.
 
Leia mais:
Juíza se vê impedida de julgar esquema na Seduc por filha advogar na banca de defesa de acusado
 
O magistrado cita que a juíza Ana Cristina Mendes tem a competência para jurisdicionar neste processo, mas em 25 de janeiro de 2019, declarou-se suspeita para atuar no caso, já que sua filha trabalha no escritório que faz a defesa de um dos réus.
 
O juiz então ficou encarregado do processo e já conduziria uma audiência nesta quinta-feira (21), mas decidiu adiá-la em decorrência da complexidade do caso.
 
“Assim, diante da complexidade do feito (com 29 volumes e inúmeros réus) e da necessidade de readequação de pauta de audiências deste juízo, determino que os presentes autos permaneçam conclusos para análise/inclusão de pauta. Proceda-se a intimação das partes do adiamento da audiência, visando evitar dispêndios desnecessários”.
 
Rêmora
 
Na primeira fase da ação, o Gaeco, apontou três núcleos de atuação: de agentes públicos, de operações e de empresários. O núcleo de operações, após receber informações privilegiadas das licitações públicas para construções e reformas de escolas públicas estaduais, organizou reuniões para prejudicar a livre concorrência das licitações, distribuindo as respectivas obras para 23 empresas, que integram o núcleo de empresários.
 
Por sua vez, o núcleo dos agentes públicos era responsável por repassar as informações privilegiadas das obras que iriam ocorrer e também garantir que as fraudes nos processos licitatórios fossem exitosas, além de terem acesso e controlar os recebimentos dos empreiteiros para garantir o pagamento da propina.
 
Já o núcleo de empresários, que se originou da evolução de um cartel formado pelas empresas do ramo da construção civil, se caracterizava pela organização e coesão de seus membros, que realmente logravam, com isso, evitar integralmente a competição entre as empresas, de forma que todas pudessem ser beneficiadas pelo acordo.
 
Na primeira fase da Rêmora foram presos: o ex-assessor de Permínio, Fábio Frigeri, e ainda Wander Luiz dos Reis e Moises Dias da Silva.  Já o Núcleo de Operações contava com a participação de Luiz Fernando Costa Rondon, Leonardo Guimarães Rodrigues e Giovane Guizardi. Dos três, somente Giovane Guizardi está preso preventivamente.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet