Olhar Jurídico

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Criminal

OPERAÇÃO ARCA DE NOÉ

Desembargador suspende recurso de Riva contra condenação de 17 anos por corrupção

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Desembargador suspende recurso de Riva contra condenação de 17 anos por corrupção
O desembargador Marcos Machado, da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, suspendeu por 120 dias um recurso do ex-deputado José Geraldo Riva contra a sentença de 17 anos e 9 meses prisão proferida contra ele em decorrência dos fatos apontados na Operação Arca de Noé. O caso deve ser julgado pelo colegiado da Primeira Câmara Criminal.
 
Leia mais:

Riva é condenado a mais de 17 anos de prisão em processos da Arca de Nóe
 
Em uma decisão do último dia 21 de janeiro o desembargador cita a decisão do juiz de Direito Marcos Faleiros da Silva, em exercício na 7ª Vara Criminal da Capital, na qual condenou José Riva a 17 anos, nove meses e nove dias de reclusão e 200 dias-multa, fixado o valor do dia-multa em um salário mínimo, pena que será cumprida em regime inicialmente fechado, devendo aguardar em liberdade o julgamento em segundo grau. Ele determinou o traslado da sentença para análise do recurso.
 
Já na decisão do último dia 6 de fevereiro, o desembargador decidiu suspender o recurso, para que possa ser julgado por colegiado único e garantir um entendimento uniforme.
 
“Considerando o reconhecimento de continuidade delitiva na sentença proferida pelo juiz Direito Marcos Faleiros da Silva, em exercício na 7ª Vara Criminal da Capital, ao julgar a ação penal em face de José Geraldo Riva, [...]mostra-se conveniente a suspensão do presente recurso, por 120 dias, tanto para assegurar julgamento colegiado único sobre os fatos inerentes à relativa à Operação Arca de Noé, como uniformizar entendimento sobre a matéria na Primeira Câmara Criminal deste e. Tribunal, preventa para processar eventual recurso contra a referida decisão”, decidiu o magistrado.
 
Arca de Noé
 
A Operação Arca de Noé, deflagrada em 2002 pela Polícia Federal em conjunto com outros órgãos de investigação para desmantelar o crime organizado em Mato Grosso chefiado na ocasião pelo bicheiro e agiota João Arcanjo Ribeiro.
 
Contra Riva pesam denúncias de que enquanto presidente e 1º secretário da Assembleia Legislativa, autorizou a emissão de cheques para empresas fantasmas, os quais foram descontados nas factorings de João Arcanjo e assim quitar dívidas de campanha eleitoral e desviar dinheiro público.
 
Em março de 2017, Riva sofreu seu primeiro golpe duro: foi condenado a 21 anos e 08 meses de prisão, com 516 dias multa, por peculato e lavagem de dinheiro em um dos processos oriundos da "Operação Arca de Noé.
 
Dois meses depois, pela mesma ação penal, foi condenado a 22 anos e quatro meses por desvio de recursos da AL, mediante factoring pertencente ao ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.
 
As perspectivas de José Geraldo Riva são bastante negativas. Ele responde mais de 100 processos cíveis e criminais por corrupção. Sendo cálculos feitos pelo site O Globo, o cálculo do suposto desvio da AL por ele cometido supra os R$ 65 milhões.
 
Somente pela "Operação Arca de Noé", Riva responde a 80 processos. Como a pena máxima para as acusações contra ele (naquelas açõs) são de 12 anos, o ex-parlamentar pode pegar até 960 anos de reclusão, um caso raro à nível nacional.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet