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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Criminal

OPERAÇÃO SANGRIA 2

​Juíza acata denúncia contra ex-secretário e mais sete por esquema de R$ 2,6 mi na Saúde

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

​Juíza acata denúncia contra ex-secretário e mais sete por esquema de R$ 2,6 mi na Saúde
A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso contra o ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, acusado de liderar uma organização criminosa responsável por fraudes em contratos firmados com o município e Estado, para a Saúde. Além dele também foram denunciados outros sete envolvidos.
 
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Foram denunciados Huark Douglas Correia da Costa, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo e Flávio Taques. A juíza cita que os oito teriam arquitetado plano com o propósito de interferir nas investigações de infrações penais cometidas pela organização criminosa da qual fariam parte.
 
“Segundo a peça acusatória os membros da organização criminosa, se aproveitando do prestigio político, penetração na Administração Pública e dos cargos e funções públicas ocupadas na área da saúde, teriam executado ações previamente orquestradas, com vias de garantir o monopólio das contratações públicas a favor de empresas manipuladas em detrimento do ente público”, diz trecho da decisão.
 
Ela cita que na denúncia o Ministério Público afirma que “as evidências "indicariam a operação do grupo criminoso, o qual atuaria para garantir as contratações espúrias de empresas, cujas propriedades seriam dos líderes do grupo, em valores superiores aos de seus concorrentes e/ou mercado e, ainda, garantir o recebimento sem a devida contraprestação do serviço contratado”.
 
O grupo ainda teria rescindido contratos celebrados pela Administração Pública com outras empresas, com o intuito de criar uma “situação emergencial” que justificaria a contratação por dispensa de licitação, das empresas dos envolvidos.
 
No decorrer das investigações foram identificadas condutas voltadas à dificultar a coleta de provas com a ocultação e destruição de alguns documentos, sendo que todos os denunciados se envolveram prática.
 
A magistrada então recebeu a denúncia do Ministério Público contra os oito acusados e deu prazo de dez dias para que apresentem resposta.
 
Operação Sangria II
 
A operação, oriunda de investigação da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), é desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos das empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.
 
Foram alvos de mandado de prisão: o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia; Fábio Liberali Weissheimer (médico); Adriano Luiz Sousa (empresário); Kedna Iracema Fonteneli Servo; Luciano Correa Ribeiro (médico); Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
 
O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.
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