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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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OPERAÇÃO SODOMA

Juiz adia interrogatório de Silval, empresários e delator sobre esquema de R$ 300 milhões

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Juiz adia interrogatório de Silval, empresários e delator sobre esquema de R$ 300 milhões
O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal, adiou os interrogatórios do ex-governador Silval Barbosa e de outros dez réus, previstos para esta semana, por não terem sido ouvidas as testemunhas. Os acusados seriam interrogados sobre os fatos apurados na 5ª fase da “Operação Sodoma”, que investigou fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados com o Estado entre os anos de 2011 e 2014. As novas audiências ainda não foram agendadas, mas devem acontecer após o dia 6 de fevereiro, dia em que serão ouvidas as testemunhas.
 
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Estava prevista para o último dia 4 de dezembro a audiência das testemunhas de acusação e das testemunhas arroladas pela defesa de Francisco Anis Faiad. No entanto, duas testemunhas de acusação não compareceram, e como elas não foram ouvidas as defesas não concordaram com a inversão da ordem e assim as testemunhas de defesa de Francisco Faiad também não foram ouvidas.

Os réus só podem ser interrogados após a audiência das testemunhas. Estavam agendadas para os dias 11, 12 e 13 de dezembro as audiências dos réus: Silval da Cunha Barbosa (ex-governador do Estado), Sílvio Cézar Correa Araújo (ex-chefe de gabinete da gestão Silval), Francisco Anis Faiad (ex-secretário de Fazenda), Diego Pereira Marconi, Juliano Cezar Volpato, Edézio Correa, Cezar Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Melo, Alaor Alvelos Zeferino de Paula, José de Jesus Nunes Cordeiro e Valdísio Juliano Viriato, ex-secretário adjunto de Transporte e Pavimentação Urbana de Mato Grosso que firmou acordo de Colaboração Premiada.

O juiz agendou para o próximo dia 6 de fevereiro, às 13h30, as oitivas das testemunhas de acusação e as oitivas das testemunhas arroladas pela defesa do acusado Francisco Faiad. As audiências dos réus ainda não foram marcadas, mas devem acontecer apenas após o dia 6 de fevereiro.
 
Investigação
 
São réus: o ex-governador Silval da Cunha Barbosa; os ex-secretários de Administração César Zílio, Pedro Elias e Francisco Faiad; o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio César Corrêa Araújo; o ex-secretário adjunto de Administração e Coronel da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro; o ex-secretário adjunto da Secretaria de Transportes, Valdísio Juliano Viriato; os empresários Juliano Cézar Volpato e Edézio Corrêa e os ex-servidores da Secretaria de Estado de Transportes Alaor Alves Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
 
Eles respondem por fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
 
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
 
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 8,1 milhões.
 
A investigação revela ainda que a partir de outubro de 2011, por determinação de Silval Barbosa, Juliano Volpato passou a efetuar um pagamento mensal de propina, sendo que o primeiro foi de R$ 150 mil, já que César Zilio teria exigido o pagamento de R$ 70 mil desde a vigência do contrato.
 
O esquema desvendado durante a 5ª fase da Sodoma aponta o direcionamento de licitações, além do contrato de empresas para o fornecimento de 29 milhões de litros de combustível para o Executivo. No entanto, havia a manipulação do sistema de inserção de dados quanto ao consumo e valores a serem debitados.
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