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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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OPERAÇÃO BÔNUS

Denunciados por esquema de R$ 27 milhões recorrem contra recebimento de denúncia

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Denunciados por esquema de R$ 27 milhões recorrem contra recebimento de denúncia
O ex-secretário-Chefe da Casa Civil, Paulo Taques, deputado estadual Mauro Savi (DEM) e o empresário José Kobori, todos os três réus na Operação “Bônus”, entraram com embargos de declaração contra a decisão do Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que aceitou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra eles. “Bônus” é um desdobramento da operação Bereré, que investigou um esquema de cobrança de propina no Detran-MT, estimado em R$ 27,7 milhões.
 
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O processo está sob relatoria do desembargador José Zuquim Nogueira e durante sessão do Pleno, a denúncia do MPMT foi recebida. São réus nesta ação: Paulo Taques (primo do governador), seu irmão Pedro Jorge Zamar Taques, Mauro Savi, e os empresários José Kobori, Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos.
 
Os embargos de declaração de Mauro Savi foram interpostos no dia 13 de novembro e os de Paulo Taques e José Kobori no dia 14. Embargos de declaração são dirigidos ao magistrado, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão em uma decisão.
 
Operação Bônus
 
O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques e o deputado estadual, Mauro Savi (DEM), foram presos em uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), na segunda fase da 'Operação Bereré', deflagrada na manhã de 9 de maio. Além deles, outras quatro pessoas também tiveram mandados de prisão.
 
A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.
 
A 'Operação Bônus' é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.
 
Operação Bereré
 
A ‘Bereré’ é desdobramento da colaboração premiada do ex-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT), Teodoro Lopes, o “Doia". Dentre as informações prestadas por Doia, consta suposto esquema de cobrança de propina com uma empresa que prestava serviços de gravame - um registro do Detran.
 
Na primeira fase, os mandados foram cumpridos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa de Savi e Eduardo Botelho (DEM). O ex-deputado federal Pedro Henry é alvo também. O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM), é outro investigado.
 
O governador Pedro Taques (PSDB) decretou a intervenção do Estado no contrato que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) havia firmado com a EIG Mercados para registro dos contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil, de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor no Estado.
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