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GCCO e Justiça apuram

Denúncia aponta volta de Arcanjo ao jogo do bicho, ameaças e até explosão de carro em Cuiabá

22 Jul 2018 - 16:20

Da Redação - Wesley Santiago / Paulo Victor Fanaia

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Denúncia aponta volta de Arcanjo ao jogo do bicho, ameaças e até explosão de carro em Cuiabá
Denúncia anônima trazida ao conhecimento da Segunda Câmara Criminal acusa João Arcanjo Ribeiro de retornar ao comando do jogo do bicho em Cuiabá. O documento, de apenas três páginas e assinado no dia 27 de junho, aponta para existência de seguranças armados, jogos do bicho com tabelas impressas e até ameaças de morte a concorrentes. Enquanto a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) investiga o caso, o magistrado Geraldo Fidelis interroga Arcanjo, sobre as acusações, no próximo dia 02.

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"Devido a novos concorrentes no mercado do jogo do bicho, Arcanjo passou novamente, após solto, a atuar intensamente nessa contravenção, da mesma forma que atuava tempos atrás", afirma a denúncia anônima que o Olhar Jurídico teve acesso.
 
Conforme o documento, enquanto estava preso, Arcanjo daria ordens através de seu genro. Porém, quando solto, retornou ao total comando: “Um concorrente de João Arcanjo introduziu o jogo do bicho em alguns pontos de Mato Grosso (...) Arcanjo e sua quadrilha, com fito de dominar o mercado novamente, trataram de ameaçar de morte os concorrentes”.



Um dos vendedores de jogo do bicho, ainda conforme a denúncia, teria sido ‘convidado’ a ir até o escritório onde Arcanjo trabalha atualmente. Chegando lá, foi obrigado a entregar a máquina de apostas, que foi lançada no chão e destruída. Ainda teria sido advertido que não poderia continuar atuando, já que a ‘Colibri’ seria a dona do mercado.
 
Nesta mesma data, o vendedor teria sido agredido dentro da sala e depois obrigado a sair de carro com algumas pessoas, entre elas um dos seguranças de João Arcanjo.
 
Explosão de carro
 
A denúncia também aponta que no dia 26 de junho de 2018, ele teria ordenado que seus capangas explodissem o veículo de um dos seus concorrentes. Este teria sido o primeiro recado, sendo que teria sido avisado que a segunda abordagem poderia resultar em morte, caso a venda de apostas do jogo do bicho não parasse.
 
“Na oportunidade, requer que seja analisado pelo juízo e pelo Ministério Público a revogação da progressão do regime dado ao comendador para que volte ao recluso e quem sabe somente morrendo na cadeia parará de cometer crimes uma vez que quinze anos preso não foram suficientes para que saísse da vida escusa”, diz trecho da denúncia.
 
Comprovante
 
O advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, apresentou ao juízo um documento que comprova a presença de João Arcanjo em seu trabalho nos horários estipulados. A reportagem tentou entrar em contato com a defesa, mas as ligações não foram atendidas.

Nome encontrado

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) encontrou anotações com o nome de João Arcanjo Ribeiro, durante uma apreensão de 50 máquinas utilizadas para registrar apostas do jogo do bicho, na tarde da última terça-feira (10), em Cuiabá. Na ação, quatro pessoas foram presas e encaminhadas para a delegacia.

O delegado Luiz Henrique Damasceno, que responde interinamente pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), confirmou ao Olhar Direto que as anotações foram encontradas. Porém, limitou-se a dizer que “existe uma citação, um nome solto. Nada de concreto ainda. Estamos investigando”.
 
No papel, havia o nome de João Arcanjo Ribeiro, que foi considerado nos anos 80 e 90 o chefe do jogo do bicho em Mato Grosso. Além disto, também estava escrito o nome de sua esposa.
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