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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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CASO ELCIO

Defesa pede novas diligências em julgamento de caso de PM assassinado no CPA III

Foto: Olhar Direto

Defesa pede novas diligências em julgamento de caso de PM assassinado no CPA III
O julgamento de Carlos Alberto Oliveira Junior, vulgo “Juninho”, 32 anos, que responde por homicídio triplamente qualificado do policial militar Elcio Ramos Leite, e na tentativa de homicídio de Wanderson José Saraiva, em agosto de 2016 no bairro CPA III, foi iniciado na manhã desta terça-feira (26).

Os crimes culminaram ainda no assassinato de André Luiz Alves de Oliveira, comparsa e irmão do réu. A defesa pediu que novas diligências fossem realizadas, com a presença do júri, mas foi negado pela juíza Mônica Catarina Perri.
 
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De acordo denúncia da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, apesar do réu Carlos Alberto Oliveira Junior não ter desferido os disparos que mataram Elcio Ramos Leite, ele imobilizou outro policial, criando condições para que seu irmão, André Luiz Alves de Oliveira, atingisse a vítima.
 
Juninho também foi denunciado por tentativa de homicídio contra o policial Wanderson José Saraiva, já que teria ignorado ordem de prisão ao entrar em luta corporal, enquanto tentava sacar a arma da cintura com manifesta intenção de fazer uso contra os dois policiais.
 
No início do julgamento foi selecionado o júri e a defesa solicitou que novas diligências fossem realizadas, para que o júri pudesse verificar a situação no local onde aconteceu. No entanto o pedido foi negado pela juíza Mônica Catarina Perri pois foi visto como uma tentativa de protelar o julgamento. De acordo com a juíza, não há esta necessidade de novas diligências já que todos os laudos de todas as perícias foram concluídos e estão disponíveis.
 
O caso

Os policiais militares Élcio Ramos Leite e Wanderson José Saraiva atuavam no setor de inteligência do 24ª Batalhão da Polícia Militar, no Bairro São João Del Rey. De acordo com as investigações da Polícia Civil, eles foram designados para obter informações sobre a comercialização ilegal de armas de fogo na região do CPA.

E o denunciado Carlos Alberto Oliveira Junior e seu irmão André Luiz Alves de Oliveira estariam usando grupos formados através do aplicativo "WhatsApp" para oferecer à venda uma arma de fogo, tipo revólver, calibre 38, numeração 386944.

No dia 02 de agosto, por volta das 14h, os policiais militares Élcio e Wanderson José, a paisana, marcaram encontro com Carlos Alberto próximo ao terminal do CPA II, se dizendo interessados em adquirir a arma. Uma operação foi montada para dar suporte aos dois policiais caso o crime fosse constatado e a prisão em flagrante tivesse de ser realizada.
 
Do terminal, o denunciado seguiu com Elcio e Wanderson até sua residência, onde funciona uma distribuidora de água, no CPA III. Lá, o policial Wanderson percebeu que Carlos Alberto estava com uma arma na cintura e se recusou a entrar no quintal e na residência.

Nesse momento, Carlos Alberto agiu com violência na tentativa de obrigar o policial a entrar, foi quando entraram em luta corporal. Nesse momento, André Luiz Alves de Oliveira, irmão de Carlos, que estava dentro de casa sacou de um revólver e foi dar apoio ao irmão, apontando a arma para o policial Elcio, o atingindo com um tiro na cabeça.
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