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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Tributário

Mudanças nas alíquotas do IPI poderão ter de passar pelo Senado

O Poder Executivo pode perder a capacidade de aumentar ou reduzir, livremente, as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Proposta de emenda à Constituição (PEC 55/2015) com essa limitação foi apresentada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e pode ser aprovada, na quarta-feira (24), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A intenção é submeter ao Senado Federal qualquer proposta do Executivo que mude a alíquota do tributo. Assim, a medida só passará a valer se aprovada por maioria absoluta dos senadores. Outra providência da PEC 55/2015 foi exigir que estados, o Distrito Federal e municípios sejam compensados financeiramente pela União caso haja redução na arrecadação do IPI.

Para Jereissati, é urgente limitar o grau de discricionariedade do Poder Executivo quanto à alteração de alíquotas do IPI por decreto. Segundo estimativa da Consultoria Legislativa do Senado, a perda de arrecadação do tributo incidente sobre material de construção, móveis, linha branca e veículos — setores beneficiados com redução de alíquota — chegou a R$ 32,5 bilhões entre 2010 e 2014. Desse montante, R$ 15,9 bilhões caberiam aos Fundos de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e dos Municípios (FPM).

“No mérito, somos pela aprovação da PEC 55/2015, porque protege tanto os contribuintes quanto os entes subnacionais (estados, Distrito Federal e municípios) dos efeitos da caneta presidencial sobre as alíquotas do IPI", ressaltou o relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), no parecer.

Depois de passar pela CCJ, a PEC 55/2015 segue para dois turnos de discussão e votação no Plenário do Senado. 
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